... fizessem um filme do Arqueiro Verde no Brasil?

Esqueçam o Cavaleiro das Trevas. Para se fazer um filme de Super-Heróis que realmente maduro, a melhor escolha seria o Arqueiro Verde. Nessa minissérie de Mike Grell, meu herói favorito da DC Comics está com 43 anos passando pela crise da meia-idade. A equipe da Superinteressante colocou esta entre as melhores histórias de Super-Heróis de todos os tempos, e devo concordar. O elenco nacional está aí para manter a brincadeira, mas um dia eu ainda faço o elenco gringo para essa que poderia ser a melhor produção de quadrinhos no cinema.

Arqueiro Verde (Oliver Queen)/ Marcelo Novais: Ele já foi forte, já foi pegador, mas agora está começando a só conseguir papéis mais "coroa". Com a tintura certa nos cabelos e no cavanhaque, creio que ele viveria bem o Oliver Queen que começa a sentir que já não é mais moleque.

Canário Negro (Dinah Lance)/ Letícia Spiller: Já que o Arqueiro é o Raí, nossa Canário será a Babalú. Nessa aventura onde a heroína só aparece de uniforme para atiçar a libido de nosso herói quarentão, Letícia ganha o papel somente por ficar bem loira de cabelos compridos e morena de cabelos curtos (disfarce mais comum de Dinah).

Shado / Daniele Suzuki: Personagem quase sem falas. O único requisito era ser uma oriental, o que Suzuki preenche sem deixar dúvidas. Apesar disso (ou por causa disso), é um papel interessante.

Magnor/ Stênio Garcia: Esse vilão é um dos melhores para um filme de super-heróis. Seu uniforme? Um terno bem cortado. Seus poderes? Nenhum. Somente dinheiro e maldade, muita maldade. Stênio poderia fazer esse veterano de guerra ganhar cores reais.

Fyres/ Dalton Vigh: Papel pequeno, é somente o contato de Magnor em suas conexões criminosas com os iranianos. No entanto, é com ele que o Arqueiro trava um dos melhores diálogos da HQ, onde ele se dá conta de que nem todo mal pode sre combatido. Vigh dá conta.

Jankowsky/ Carlos Meceni : Outro papel pequeno, mas interessante. Companheiro de Magnor, torturador sádico que fará o Arqueiro repensar sua postura de jamais matar ninguém para cumprir seu dever. Para interpretá-lo, ninguém melhor que este careca simpático com sorriso maligno.