...Star Wars tivesse sido feito no Brasil (Parte II):

Conforme o prometido, aqui segue a segunda parte da adaptação de Star Wars. Como nossos empresários são muito mais gananciosos do que os gringos, ela não esperaria décadas para começar a ser feita, e sim poucos meses. Afinal, se está dando certo, porque parar agora?

Antes de pensar nos novos atores, uma revisão: C3P0, R2D2, o agora Imperador Palpatine, o mestre Jedi Yoda e o wookie Chewbacca continuam com seus intérpretes da primeira trilogia. A breve aparição de Vader no final do episódio III também terá a dublagem de Francisco Cuoco. Combinado isso, vamos direto ao assunto. Há muito tempo, numa galáxia muito distante...

Anakin Skywalker/ Guilherme Vieira: Não cometeremos o erro dos gringos de colocar uma criança muito nova para viver aquele que se tornará o bad mothafucka do universo. Guilherme Vieira teve algumas boas atuações na TV, o que o credencia para o papel. E por ser mais velho, deixa menos bizarra a diferença de idade entre Anakin e Padmé.

Obi Wan Kenobi/ José Roberto Jardim: Este ator da Rede Record foi escolhido por sua semelhança com o personagem, mas além disso ele interpreta direitinho. Com a grande vantagem que seu ator de referência não é o fantástico Alec Guinness - como foi para Ewan McGregor - e sim o dublê de mago Paulo Coelho. Se perder pra isso, vai empatar com quem, meu filho?

Padmé Amidala/ Patrícia Werneck: Para viver a rainha - e depois senadora - Padmé Amidala foi escolhida a bonitinha do momento, Patrícia Werneck. Seus olhos claros justificam os de sua filha na adaptação da primeira trilogia. Só precisa maneirar no sotaque carioca.

Mace Windu/ Norton Nascimento: Após seu grave problema de coração, Norton Nascimento deu uma sumida da mídia. Parece que ele tinha se convertido a uma dessas igrejas que prometem a salvação. Mal sabe ele que a salvação está na Força! Em nosso universo paralelo onde os filmes são feitos em terras tapuias, ele já saberia disso e não pensaria duas vezes antes de viver o Jedi blaxploitation.

Quin Gon Jinn/ Edson Celulari: No primeiro filme da nova trilogia, Yoda mal dá as caras. A sabedoria fica por conta desse Jedi com pinta de hippie velho, que fala coisas que não fazem sentido e que não farão sentido nunca, nem com os outros filmes da série. Celulari pode desenferrujar os dons aprendidos como Jean Pierre de "Que rei sou eu?" e empunhar a espada - ou melhor, sabre de luz - mais uma vez.

Jar Jar Binks/ Tadeu Mello: Unanimidade entre os fãs da série como o personagem mais chato de toda a saga, Jar Jar é somente um efeito de computador. Mas sua chatura não está somente em sua imagem, mas também em sua voz. E quem mais tem uma voz irritante o suficiente para dar vida ao Gungan atrapalhado? Assista "A turma do Didi" e veja se Tadeu Mello não é a melhor opção...

Darth Maul/ Cauã Reymond: Darth Maul foi criado para ser o grande vilão do Episódio I, com seu sabre de luz duplo. Porém, faltava carisma e ele acabou se tornando um capanga de luxo. Para viver Darth Maul, basta ser parrudo e ter alguma experiência com artes maciais. Cauã Reymond não consegue interpretar duas frases, mas já foi capoerista em "Malhação" e lutador em "Da Cor do Pecado". Como Darth Maul não fala uma palavra mesmo...

Anakin Skywalker/ Luca Bianchi: Alguns anos depois, continuam as aventuras de Anakin Skywalker em sua caminhada rumo ao lado negro da força. Para viver Anakin em seu final de adolescência e idade adulta, Luca Bianchi foi pescado de "Luz do Sol", novela da Rede Record, por sua semelhança física. Se ele interpreta bem? Não fizeram essa pergunta à Hayden Christensen, porque fazer ao brasileiro?

Jango Fett/ Alexandre Schumacher: O mercenário é uma das maiores decepções da primeira trilogia. Sua morte é totalmente frustrante - todo mundo esperava um grande combate que se resolveu em menos de dez segundos. Alexandre Schumacher não é um grande nome, mas por se parecer com Temuera Morrison (que por sinal também não é nenhuma estrela), ele fica com o papel. Como Jango é a matriz dos clones, Alexandre também viverá o Comandante Cody e todos os outros recheios de Storm Troopers.

Boba Fett/ Matheus Costa: Outro que ganha o papel só na aparência. Tudo bem, o Boba deles é mais gordinho, mas é porque os Neozelandeses se alimentam melhor do que nós, tupiniquins. Porém, o cabelereiro dos dois é o mesmo, e com as roupas certas nosso ator mirim vai enganar legal como o último guerreiro Mandaloriano.

Conde Dooku/ Miele: Ator veterano, fama de canastrão, barbinha estilosa, Miele viveria um Sith mais verde amarelo, com jeito de cafetão de luxo. Imaginem aquela voz arrastada falando: "Oh não, meu amigo! Isso é um erro, um erro terrível!". Fantástico!!

Bail Organa/ Ernani Moraes: Aparecendo somente no terceiro filme, este papel é quase uma ponta. Ernani Moraes até merecia um papel melhor, mas só de participar da saga já deve valer a pena. Engraçado que Jimmy Smits, ator que vive o senador no filme gringo, também é um ótimo ator. Porque não aumentam a participação deste fundador da Aliança Rebelde?

General Grievous/ Mr. Catra: Grievous era um personagem interessante no desenho, mas foi mais um que decepcionou quando chegou à tela grande. Para tentar solucionar isso, é preciso de uma voz que amedronte. Quando Catra cantava "Eh Eh Eh! Índio quer apito, se não der pau vai comer (Ah! Vai comer!)", ninguém tinha a menor dúvida de que a porrada iria cantar. É desse nível de medo que estamos falando.

Aliás, por falar em desenho animado, nós também teriamos nossa animação das Guerras Clônicas. E nada de traço "Samurai Jack". Nosso desenhista seria Maurício de Souza. Afinal, ele já tem a manha da história, como pudemos ver em "A Princesa e o Robô" e "Coelhada nas Estrelas".

PS: O Uarifi da semana que vem não sai na terça, e sim na quinta. Como vocês verão, o motivo não é vagabundagem...